Goles Velho Mundo

Tejo em Taça: Um Banquete de Cultura e Vinhos portugueses

Degustar um vinho do Tejo é como abrir um livro antigo, cada gole revela uma página da história, escrita com sol, solo e alma.


Postada em 09/10/2025 às 22:22
Por Glaucia Balbachan


Na semana passada, o restaurante Refúgio, em São Paulo, foi palco para protagonizar a região do Tejo, em Portugal. A Caravana do Tejo – Road Show 2025 (@VinhosDoTejo.TejoWines), desembarcou na capital paulista com uma masterclass conduzida pelo jornalista e especialista em vinhos Marcelo Copello, reunindo produtores, jornalistas e apaixonados por vinho em um almoço especial.

Tejo: Onde o Vinho Encontra a História
Marcelo Copello abriu a apresentação com uma imersão na alma do Tejo, destacando o clima, o terroir marcado por solos argilo-calcários e a diversidade de castas que fazem da região uma joia vitivinícola. Entre as uvas brancas, brilharam Arinto, Verdelho, Alvarinho, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Já entre as tintas são cultivadas a Castelão, Trincadeira, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Syrah, Aragonez, Merlot e Cabernet Sauvignon.

Mas o Tejo não é feito só de vinhos. O panorama turístico é irresistível: o Convento de Cristo em Tomar, a mística Capital do Gótico, a Terra de Camões, os castelos medievais de Rio Maior, a arte da falcoaria e uma gastronomia que vai da sopa de pedra às enguias, das migas aos pampilhos de Santarém.

Degustação: Vinhos que Contam Histórias
A experiência seguiu com uma degustação guiada, onde cada vinho revelava um capítulo da narrativa do Tejo:

Fiuza apresentou um Alvarinho fresco e vibrante, com acidez elegante e notas cítricas que marcaram no paladar. (@Fiuza_Wines)

Casa Cadaval trouxe um branco untuoso e frutado, com textura cremosa e final persistente. (@CasaCadavalMuge, @viavinivinhos)

Quinta da Badula surpreendeu com um blend suculento de Syrah, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, vinificado em lagares de inox com pisa a pé – uma ode à tradição. (@QuintaDaBadula, @evintagebr)

Quinta da Ribeirinha seguiu a mesma linha, com proporções precisas: 40% Touriga Nacional, 30% Alicante Bouschet e 30% Syrah, também com pisa a pé. ( @QuintaDaRibeirinha)

Quinta do Casal Monteiro apresentou o Clavis Aurea 2021, um tinto complexo com 25% de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Syrah, oriundo de vinhas com 35 anos. (@CasalMonteiro.pt)

E para encerrar com doçura e sofisticação, Quinta da Alorna serviu o Abafado 5 Years Old 2017, feito 100% com Fernão Pires de vinhas de 40 anos – um néctar dourado com boa acidez e equilíbrio. (@quintadaalorna, @adegaalentejana).

Um Almoço com Sotaque Lusitano
O restaurante Refúgio harmonizou os vinhos com pratos inspirados na culinária brasileira, criando uma atmosfera acolhedora e autêntica. Entre brindes e conversas, o evento celebrou não apenas o vinho, mas a cultura, a história e a paixão que unem Brasil e Portugal.

Tejo: Mais que uma Região, Uma Experiência
A Caravana do Tejo mostrou que o vinho é uma ponte entre mundos. Degustar um vinho do Tejo é como abrir um livro antigo, cada gole revela uma página da história, escrita com sol, solo e alma.