Goles

Lançamento uruguaio: Um globe-trotter chamado Garzón


Postada em 19/06/2018 às 01:23
Por Glaucia Balbachan


O terroir Garzón

Foto: Divulgação

É apropriado dizer que a Bodega uruguaia Garzón é a atual globe-trotter do mundo do vinho. (a expressão globe-trotter se dá aquele que corre pelo mundo). Isso, porque tem deixado sua marca e qualidade na América do norte, América do sul, Europa e Ásia provocando surpresas a quem o conhece.

Sob a batuta do enólogo Alberto Antonini, sua consultoria traz influencias totalmente italianas desde o inicio da produção da bodega. O lançamento em SP foi marcado com três rótulos – Garzón Estate Pinot Noir Rosé 2019, Garzón Petit Clos Cabernet Franc 2016 e o Garzón Balastro 2016 com a presença ilustre de Alberto Antonini e Germán Bruzzone - foto abaixo.

Com as vinhas cultivadas em Maldonado, região próxima de pontos turísticos do Uruguay como: Punta del Leste e La Barra, são somados 240 hectares de vinhedos. Com solo arenoso e rico em calcário, o terroir ganha brisa marítima fazendo resultando vinhos impactantes na qualidade.

Em entrevista breve com o Site Empratado, falamos com o enólogo uruguaio que acompanha direitamente as vinhas da Garzón - Germán Bruzzone.

Empratado: Quais as características mais importantes nos vinhos da Bodega Garzón?

Germán Bruzzone: As características que mais queremos destacar nos vinhos são: frescor, mineralidade e salinidade. O clima fresco, o Oceano Atlântico e o solo mineral uruguaio felizmente nos trazem essas características marcantes.

Site Empratado: Como a Bodega Garzón se inova em relação aos vinhos?

Germán Bruzzone: Buscamos o novo a cada safra com novos aromas e sabores, uma forma de inovar são sempre variedades diferentes de uva. Petit Verdot, Marselan, Merlot, Cabernet Franc são nossas novidades e desafios também. São vinhos com menos intervenção possível.

Site Empratado: Vinhos biodinâmicos e orgânicos estão nos planos da Garzón?

Germán Bruzzone: Sim, estão. Este tipo de trabalho é um processo lento, mas estamos sempre pensando na sustentabilidade. O país é apto a este tipo de trabalho. Em minha opinião este é o futuro da vitivinicultura. Se cuidarmos da terra, a terra nos dará boas uvas de volta.

Em almoço majestoso o Rosé uruguaio feito de 100% Pinot Noir, que em degustação as cegas por franceses, foi tido como um Rosé francês, chegou em ritmo de boas-vindas com a safra 2018. De fato, está mais fresco e com aromas de frutas vermelhas como – morangos, cereja e toque de romã. Há notas florais e presença de mineralidade. No paladar a acidez é deliciosa. Com corpo médio, o Rosé traz equilíbrio, intensidade e final longo com fruta na boca. Disponível no Brasil a partir de julho.

O Garzón Estate Single Vineyard Albariño 2017 foi o destaque como vinho branco na mesa. 100% uva Albariño é um vinho vibrante com frutas cítricas nos aromas como: abacaxi, maracujá, lima e grape fruit. É fresco e mineral. De coloração quase esverdeada, estagia em carvalho francês e tanques de cimento. De corpo médio é fácil de gostar e de beber. Equilibrado traz acidez saborosa, que o convida a tomar mais uma taça.

Entre a prova dO icônico Tannat e do macio Merlot de solo uruguaio, nos chegou o Garzón Petit Clos Cabernet Franc 2016. Impressionantemente bom. Complexo e elegante traz nos aromas cerejas negras, amoras, ameixa, pimenta preta, cravo da Índia, notas tostadas, chocolate e couro. No paladar é encorpado, taninos bem trabalhados, boa acidez e frescor. Com passagem por carvalho francês e tanques de cimento é um vinho intenso, marcante e com fim longo de frutas negras na boca. Incrível. Disponível no Brasil a partir de julho.

E finalizamos com o terceiro lançamento uruguaio - Garzón Balastro 2016 e tivemos a safra anterior 2015 para compará-los. O Balastro trata-se de um blend de Tannat, Cabernet Franc, Petit Verdot e Marselan. É um vinho que envelhece por 20 meses em carvalho francês. Com bom potencial de guarda, apresenta ameixas, amoras, cerejas, notas florais de violeta, café, tostados e cacau nos aromas. No paladar é encorpado e elegante. Tem bom frescor, fruta e acidez. Os taninos estão macios e o vinho está equilibrado. Final marcante e longo. Sem erro! Disponível no Brasil a partir de julho.

Já o Balastro safra 2015, que traz o mesmo blend, teve diferença por conta do clima. O ano de 2015 foi mais quente no Uruguay e o vinho se mostrou mais austero, evoluído, mais elegante, poderoso com final longo e persistente. Muita fruta, equilíbrio e vontade de pedir mais uma taça. Disponível no Brasil no valor de R$590,00.

Serviço: Bodega Garzón – Uruguay
Importador exclusivo: Worldwine
Tel: (11) 3383-9300
www.worldwine.com.br

Fotos: Site Empratado