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Um império chamado Garzón


Postada em 19/06/2020 às 21:51
Por Glaucia Balbachan


Um uruguaio poderoso

Se Punta del Este no Uruguai está nos seus planos de viagem, a bodega Garzón é parada obrigatória. Quem vem a passeio à Punta, a vinícola fica uns 70 km de distância.

Projeto milionário que nasceu em 1999 é um sucesso mundial no mundo do vinho. O idealizador de todo esse empreendimento faraônico é o argentino Alejandro Bulgheroni – empresário do mundo petroleiro.

Investindo no agronegócio desde 2006, teve experiência anterior com produção vitivinícola com as marcas argentinas Vistalba e Pulenta. Com a Garzón, Burgheroni trouxe com ele dois craques no assunto, o enólogo Alberto Antonini e o general manager Christian Wylie.

Recente no mercado, a marca Garzón vem colecionando prêmios e conquistas sendo reconhecida como a Melhor vinícola do Novo Mundo em 2018, pela revista especializada no setor Wine Enthusiast.

Visitar a bodega localizada em Maldonado é uma experiência completa e marcante. Projeto arquitetônico grandioso e exuberante traz a assinatura da marca argentina Bórmida & Yazón.

Da entrada até o terraço do restaurante aberto, a paisagem é arrebatadora por conta dos vinhedos. Quem resolve passar o dia na Garzón é oferecido degustações, tour guiado, passeio de trator pelos vinhedos, visita à adega privê e o tour Reserva Garzón entre outras atrações. Para saber mais e reservar com antecedência é preciso acessar o site da bodega ou enviar um email para: ([email protected]).

A Gastronomia Garzón

O responsável pela cozinha do restaurante da Garzón é o mestre do fogo e chef renomado Francis Mallmann. Com outros restaurantes em diferentes países, Mallmann aparece na bodega sempre que pode, principalmente para festas da vindima. Assados acompanhados de vegetais na brasa são sua marca registrada. O menu do restaurante está sempre emparelhado com os vinhos, então a escolha certa sempre vai ser garantida.

Padrão Antonini

Está desde o inicio do projeto fazendo assessoria enológica e sempre avalia e observa constantemente o terroir da Garzón. São mais de 200 hectares de uvas cultivadas que somam 12 variedades como: Tannat, Pinot Noir, Merlot, Petit Verdot, Cabernet Franc, Marselan, Albariño, Viognier, Sauvignon Blanc e Pinot Grigio distribuídos em 1150 parcelas com diferentes topografias de terrenos e microclimas.

Trata-se de vinhedos sustentáveis e vinificação com fermentação espontânea. Isso conta também para os olivais, onde produzem três rótulos de azeite intitulado Colinas de Garzón, também premiado mundo a fora.

A vinificação é feita em tanques de concreto, porque segundo Antonini a microbiologia e as leveduras naturais preferem o concreto trazendo equilíbrio e suavidade. Mas tanques de carvalho francês são indispensáveis para as castas maturarem. ( foto acima: O enólogo da Garzón Germán Bruzzone)

Quando se fala em Garzón sempre gera uma grande expectativa – um consenso geral de qualidade e expressão de fruta e equilíbrio. A qualidade é superlativa – elaborada pelo enólogo da vinícola, Germán Bruzzone.

Garzón Petit Clos Albariño 2019

Tão bom quanto o Reserva, este 100% Albariño é fermentado em tanques de cimento e estagia por seis meses em barrica. Nos aromas frescor, frutas amarelas e elegância. No paladar é mais estruturado, com acidez gostosa e final persistente de fruta. É ótimo e ganha potencial de guarda.

Garzón Petit Clos Cabernet Franc 2017

Este vinho é muito bom. Sua fermentação é feita no cimento e é maturado em carvalho francês sem tostar. É complexo e saboroso. Nos aromas frutos negros como groselha, amoras e cerejas. Há ainda pimenta preta e violeta. No paladar é agradável, corpo médio, bom frescor e textura macia. Os taninos são bem trabalhados com final elegante.

Garzón Petit Clos Tannat 2018

Junta com a casta Albariño, a Tannat é a mais plantada na vinícola. Ainda jovem, é um vinho com bom potencial de envelhecimento. Estagia por 12 meses em carvalho francês trazendo frutas negras, frescor e elegância nos aromas. No paladar complexidade, mirtilo, amora, pimenta e refinamento no final.

E como o melhor sempre fica para o final, finalizamos com o icônico Balasto 2016. É o rótulo mais importante da marca. É um blend elaborado com Tannat, Cabernet Franc, Merlot e Marselan. Sua fermentação é feita em tonel de cimento e estagia 20 meses em carvalho francês. É uma mescla de potência e elegância. É complexo nos aromas de frutas vermelhas e negras frescas. No paladar bom preenchimento em boca, é fresco, taninos refinados e gostoso final persistente.

Serviço: Bodega Garzón

Contato: Nicolás Bonino – Gerente de Marketing ([email protected])

www.bodegagarzon.com

Importador no Brasil: World Wine

Fotos: Divulgação

Já esteve no Uruguai? Já provou seus vinhos? Comente sua experiência. Esta wine press trip foi um convite da INAVI – Instituto Nacional de Vitivinicultura do Uruguai e pela Uruguay Wine.