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Ca’Del Bosco: O hors concours da Franciacorta


Postada em 07/08/2017 às 00:43
Por Glaucia Balbachan


Cultura e sensibilidade

Hors concours talvez seja a melhor maneira de definir o trabalho do produtor Ca’ Del Bosco, da Franciacorta na Itália. Famosa por ser a região dos melhores espumantes italianos, o presidente da vinícola Maurizio Zanella esteve presente no Brasil contando boas histórias sobre sua experiência no mundo do vinho em duas verticais de tirar o fôlego.

Trata-se de amor, dedicação incansável e 3 mil hectares plantados, onde as variedades Chardonnay, Pinot Bianco e Pinot Nero são cultivadas, aalém de cepas tintas também. O nome Ca’ Del Bosco é inquestionável no quesito qualidade. É um dos maiores nomes no país da bota e foi eleita como a vinícola do Ano pela Gambero Rosso e é o segundo maior colecionador de “tre bicchieri” no país e o único a exibir 4 “ stelle do guia”.

Pode até parecer um exagero estampar tantos prêmios e uma lista sem fim de adjetivos, mas do contrário, a marca de Maurizio Zanella faz jus a tudo isso que falam de seu produto. São vinhos feitos como poucos – espumantes esses, que comparados são o melhor Champagne fora da França.

Segundo Zanella a característica mais importante de seus espumantes é a harmonia. “Considero os meus vinhos como filhos. Acompanho todas as etapas de cultivo, vinificação e engarrafamento. O envolvimento e sensibilidade estão muito presentes”, conta o presidente da Ca’ Del Bosco.

Foram cinco espumantes na primeira sequencia aonde algumas preciosidades vieram na mala como: Franciacorta Annamaria Clementi 2006, 1999, 1995 e 1989 – vinhos que beiram a emoção.

Para abrir o jantar começamos com o Franciacorta Cuvée Prestige (com Chardonnay, Pinot Bianco e Pinot Nero). É o espumante de entrada e é impressionantemente bom. Notas de panificação, mel e flores brancas. US$99.90.
É uma aula de história de terroir, que vai além do terroir. Um exemplo de elegância e agradável surpresa foi o Franciacorta Annamaria Clementi 2006.

Refinado é um espumante fresco e com alta intensidade aromática, que reservam frutas cítricas e pêssegos, além de flores brancas, mineralidade e notas de panificação. No paladar é persistente, refrescante com boa acidez, nozes e mel no final - delicado. Nos impressionou. Vale ter uma garrafa dessas na adega. US$299.00.

Maurizio conta que não há a sigla DOCG no rótulo porque é proibido. Por outro lado, finaliza que Franciacorta na garrafa é bem mais importante. E ressalta: “Não é um espumante é um Franciacorta”, finaliza Zanella.

O Branco Ca’ Del Bosco Chardonnay 2011 – foi outro sobressalto no jantar. É um dos Chardonnay mais aclamado na Itália. É o resultado das melhores uvas de oito vinhedos distintos. Um dos segredos é a fermentação em barricas de carvalho elaboradas com madeira seca por ao menos três anos. Depois de 10 meses em contato com as borras, o vinho matura em garrafa por 2 anos antes de ser vendido. É fresco e delicioso. Nos aromas – nozes, mel, brioche, frutas amarelas e complexidade. Na boca intensidade, elegância, abacaxi, pêssego, mel e amêndoas. Persistente do inicio ao final. US$229.00

Em seguida começamos a vertical de Tintos. Foram 4 rótulos – Maurizio Zanella 2009, 2003 e 2000. Em termos gerais – causou comoção por conta da complexidade. Acima de tudo elegância, harmonia e equilíbrio. O Maurizio Zanella 2009 traz um estilo bordalês na sua elaboração. É um blend de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc. Nos aromas frutas negras especiarias como pimenta negra, frescor, anis, grafite, tostados e nota floral de violeta. No paladar é potente e concentrado. Os sabores se destacam amoras, cassis, maciez em boca e final longo. US$199.00

 

Serviço: Ca’Del Bosco e Maurizio Zanella
www.cadelbosco.com

Importadora exclusiva: Mistral
Rua Rocha, 288 – Bela Vista/SP
Tel: (11) 3372-3400
www.mistral.com.br

Fotos: Divulgação