Postada em 20/08/2018 às 12:53
Por Glaucia Balbachan
O parceiro mais antigo das garrafas de vinho
Há quem diga que a rolha de cortiça está com os dias contados e que outras formas de vedar o vinho vai ganhar seu momento sublime no mercado do vinho. Mesmo? Um dos produtos mais antigos e naturais – a cortiça vem acompanhando a história de diversas formas em diferentes países.
Há 4 mil anos no Egito já se notava a presença da cortiça na vedação de ânforas, com isso, povoados da antiguidade utilizavam a cortiça e percebiam sua versatilidade, onde gregos usavam a matéria-prima como calçado além, de utensílios de pesca. Outro exemplo marcante sobre a rolha da cortiça foi a do monge beneditino francês, Dom Pérignon, que segundo historiadores é o inventor a rolha para o Champagne – no período de 1720. Há dados que a cortiça vinha da região Ibérica.
Dizer que a rolha de cortiça vai acabar é como alguém dizer que o ballet russo vai acabar ou que o fado português vai deixará de ser cantado. Trata-se de cultura clássica, que dificilmente vai deixar de existir. Com o passar das gerações outros estilos de dança surgirão e outros tipos diferentes de variação de musica vão ser cantados, isso faz parte da evolução. Com a rolha da cortiça não seria diferente – o mercado atual apresenta diversas formas de vedar vinhos.
Quem visita um montado de sombros português, se impressiona com a beleza natural, com o cuidado e respeito na extração das placas de cortiça, que pelas mãos da dupla de profissionais parece ser tão fácil (que, quase se solta sozinha), como aparece no nosso vídeo no Instagram @empratado.
Há muitos vinhos no mundo e um para cada uma variação de vedação apropriada. Improvável mesmo é ter produtores de Champagne ou mesmos de grandes Bordeaux ou Borgonha deixarem a clássica rolha de cortiça para proteger seus vinhos.
É não é só isso, há milhões de euros investidos em tecnologia para que a rolha seja perfeita para se unir às garrafas de vinho. É uma das fusões mais antigas, o vinho, garrafa e rolha de cortiça. E então? Acha que o fado português vai morrer? Nem a rolha de cortiça. O clássico não morre.
Serviço: APCOR - Associação Portuguesa de Cortiça
Fotos: Site Empratado