Cardapios

O Restaurante Dona Lucinha homenageia JK com Café da manhã Colonial mineiro


Postada em 14/04/2013 às 11:56
Por Glaucia Balbachan


Quitutes mineiros aos domingos !

 

Chá de cabeça cansada

Filha de Dona Lucinha, a Chef Elzinha Nunes entre suas aulas de culinária e programas de TV que faz, sempre foi curiosa e fascinada por receitas antigas e esquecidas. E esse tema sempre a levou ao ineditismo gastronômico atraindo a atenção de muitos interessados. A partir de um convite do Estado de Brasília, Elzinha foi chamada para fazer o evento de aniversário no Distrito Federal, então, resolveu trabalhar nas mesmas receitas que sua mãe Dona Lucinha fez para receber Juscelino Kubitscheki em sua casa, na década de 50 em MG. Foi um café recheado de delícias mineiras, que acabou resultando no Café Colonial no Restaurante Mineiro no bairro de Moema.

Bolinhos de chuva

Em dezembro de 2012, foram feitos os primeiros testes de todas as receitas para o Café de delícias antigas e agora todos os domingos e feriados está exposta uma longa mesa com rendas e vários itens saborosos e aromáticos que homenageiam o presidente JK, porque foi exatamente a replica do mesmo menu que ele degustou na casa de Dona Lucinha no Serro. “O Café colonial sempre foi um sonho pessoal que tive e que agora toma corpo e a reposta está sendo positiva. É o pioneiro na cidade com receitas antigas do Serro”, comenta a Chef  da casa.

O apetitoso pão de queijo mineiro
 Com dois meses de existência, o Café da Manhã Colonial não é nada convencional, tudo é antigo, inusitado e novo aos olhos. São mais de 40 itens que contam com as seguintes quitandas: Pau a pique, chá de cabeça cansada, quebra-quebra, bolo de pão de queijo, biscoito de polvilho, broa de milho, rosquinhas, queimadinho de rapadura, coalhada com mel de engenho, bolinho de bagaço de milho, pão de queijo, mingau de fubá, queijo curado, cuscuz de rapadura, bolinho de chuva, bolos, cuscus de panela ou fubá suado, café, leite, rosca da rainha, sucos coloridos e atraentes, entre outros quitutes que dificilmente aparecem pelas padarias da cidade.  A proposta do café colonial mineiro é de aproximar as pessoas de uma gastronomia que está adormecida e que Elzinha busca cada vez mais reavivar trazendo os sabores e aromas característicos de uma época singular, onde aconteciam nas casas grandes das “sinhás” em MG.
 
Uma das tantas quitandas do Café Colonial
Embora, novo em folha o público do Café Colonial é familiar e novo, além, dos habituès do almoço. Um ponto forte é focar no público estrangeiro também. O objetivo é simples, manter as tradições do Vale do Jequitinhonha, o nome de Dona Lucinha e sua cozinha. Em meio a tantas quitandas, para a Páscoa é possível que seja servido à sobremesa Zezé Leone – espuma leve de vinho do Porto.
Elzinha como é chamada pelos amigos, está envolvida com a gastronomia desde os sete anos. Quarta filha de 11 irmãos, as panelas já chamavam sua atenção. “Quando o Dona Lucinha inaugurou eu estive presente em todos os momentos como cozinheira. Por oito anos consecutivos nunca deixei o fogão”, lembra a filha de Dona Lucinha.
 
A Rosca da Rainha
A casa abre às 8h e o café vai até 11h30. Os clientes se servem a todo momento e a equipe da casa vive em constante reposição de itens. Local que segue a decoração e arquitetura das casas antigas de Minas Gerais. Na sala principal, mesas de madeira, garrafas de cachaças em prateleiras, chão de cimento queimado, cozinha do almoço aparente, janelas de madeira de demolição e na entrada um charmoso terraço ao ar livre.
 
Gastronomia pioneira, presença de sabor, aroma e resgate gastronômico. Bom custo benefício recheado de culinária de identidade. Vale a farta experiência gastronômica!
 
Serviço: Restaurante Dona Lucinha – Café Colonial
Valor: R$ 29,90
Avenida Chibarás, 399 – Planalto Paulista/SP
Tel: (11) 5051-2050
www.donalucinha.com.br
Fotos: Divulgação